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quarta-feira, 12 de junho de 2013

O Retorno do Filho





Significado de Parábola
s.f. Comparação desenvolvida em pequeno conto, no qual se encerra uma verdade, um ensinamento. Trata-se de uma história curta, cujos elementos são eventos e fatos da vida cotidiana. Esses acontecimentos ilustram uma verdade moral ou espiritual contida na história. Os escritores gregos e latinos usaram a parábola, mas seus exemplos mais perfeitos são os encontrados na Bíblia.
Significado de Pródigo
s.f dissipador, esbanjador, desperdiçador


     Esta ilustração em forma de parábola dita por Jesus, mostra situações as quais podemos ainda vivenciar hoje. Mesmo tendo sido contada há cerca de 2.000 anos, mostra-se tanto atual como aplicável aos nossos dias, pois a Bíblia é um livro extremamente dinâmico. O ser humano evoluiu tecnologicamente e em conhecimento (conhecimento  é diferente de sabedoria), mas a sua essência continua a mesma e a Bíblia fala da essência do ser humano e seu relacionamento com Deus. Muitos leram ou lerão está parábola e, certamente, não se identificarão com ela, pois ao homem, sempre achamos que tudo se aplica aos outros, porém não a nós mesmos (conosco é sempre diferente dos demais).  
   Normalmente a figura paterna é severa e disciplinadora, e muitas vezes punitiva, mas este pai da parábola mostra ser uma pessoa terna e compreensiva, mas além disto, que também conhecia a cada um dos seus filhos, talvez até mais do que eles mesmos, tanto que decide por repartir a fazenda e dar a parte que lhes cabia. Filhos, como diz popularmente, são semelhantes aos dedos da mesma mão, tem a mesma raiz mas diferem em tudo e devem ser tratados cada um a seu modo, mas não devendo ser privilegiados em detrimento dos outros (isto, é preferência por um determinado filho em prejuízo dos demais). 
    O filho mais novo, apesar de uma vida bem sucedida debaixo da autoridade e proteção do seu pai, decide em seu coração que é 'dono' do seu próprio nariz. Assim, resolve pedir a parte que lhe cabe da sua herança, ainda em vida, mostrando uma grande arrogância e 'pseudoautosuficiência'. Acha que pode viver toda a sua vida com as bençãos (financeiras) do pai  esquecendo-se dos ensinamentos, deveres de filho e da educação paterna. Não vê as bençãos como 'talentos' e, ao invés de aplicar-se em multiplicar o que o pai lhe deu, gasta indistintamente com  toda sorte de prazeres, sem ter qualquer retorno destes. Como tudo que não se busca renovar, ou bem aplicar, a sua herança acaba e os 'amigos' somem e acaba vivendo de favores. É nesse momento que se lembra da vida que tinha quando estava sob a proteção paterna, cai em si, reconhecendo a sua postura fútil e egoísta, resolvendo retornar para casa, pensando em seu coração, que mesmo que o pai não o aceitasse, poderia dar-lhe um trabalho na fazenda.
     O filho mais velho,  por outro lado, demonstra com a sua atitude também um certo egoísmo. Vive com o pai, mas não sabe desfrutar das bençãos dele. Faz somente o que lhe cabe e está sempre achando que trabalha muito e pouco usufrui do que trabalha (não sabe se achegar ao pai e pedir - Salmo 37:4). Apesar de viver com o pai não conhece o coração dele, porque sua visão é limitada não ultrapassando os limites do seu próprio umbigo.
     Podemos reconhecer estas duas personalidades no nosso dia a dia. Como todo filho mais novo a 'virilidade' é preponderante, não queria saber das orientações ou buscar aprendizado com experiências dos mais velhos, pois se acha capaz por si próprio (Deuteronômio 8:17), não dando a devida importância a tudo que viveu e até então presenciou, pois o mundo fora da fazenda do pai o encantava e seduzia; tendo o nariz 'empinado', talvez achando que soubesse até mesmo mais do que o pai. Já o filho mais velho achava que sabia tudo e não precisava aprender mais nada, não é humilde, e era extremamente legalista. Achava em seu entendimento que detinha a verdade e que era o mais correto, sendo extremamente crítico de seu pai e de seu irmão, ignorando o ato de fazer uma auto avaliação de suas próprias atitudes (Lucas 6:41 e Mateus 7:3-4). Não tinha piedade no seu coração, usando até mesmo a expressão de menosprezo com o irmão: '~...este teu filho...' (v.30). Achava que a 'alegria', a música e os festejos dados pelo pai ao arrependimento e retorno do irmão eram um mero esbanjamento desnecessário e sem propósito (Lucas15:7).

   Buscando entender a moral desta história, vemos na figura do Pai o nosso próprio Deus, extremamente misericordioso, bondoso e perdoador (Ezequiel 33:11), que conhece os seus filho e sabe tratar a cada um da maneira apropriada. E você e eu? Já não agimos alguma vez assim, como o filho mais novo e o filho mais velho? Tomamos nossas decisões sem pensar e apoiado em nosso próprio coração (Jeremias 17:9) sem consultar primeiramente a Deus que sempre quer o melhor para nós, achando que sabemos de tudo. Ledo engano!!!  Reconhecer que se está errado é a primeira coisa a ser feita (vs. 17), a segunda e agir, tomando a atitude de buscar a casa de Deus (vs. 18a) e a terceira é confessar de coração e com boca os nosso erros a Deus (vs. 21), que está sempre pronto a nos perdoar (Salmo 51:17); ou como o filho mais velho que ficou em casa, mostrando um tipo de 'farisaísmo' (Lucas 18:11), vivendo um 'ativismo'  e uma justiça própria e não a de Deus, sentindo-se a própria nata do evangelho.
     Que Deus (Adonai) nos dê discernimento espiritual para estarmos debaixo da Sua vontade, sempre!!! 



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