Contador

contador

sexta-feira, 22 de maio de 2015

O cirurgião que se Operou...Prova de Determinação e AutoControle!!!!!!

Isso é incrivelllll......O cirurgião que se Operou!!!

Pense na determinação do ser humano, e em tudo o que é possível realizar quando sua sobrevivência está em risco. Leonid Ivanovich Rogozov, exemplo de determinação e auto -controle. Fiquei impressionado a ler sua história.

O navio Ob, com seus 6 membros, partia de Leningrado em direção à Antartica em 5 de novembro de 1960. A missão era construir uma nova base polar de pesquisas e passar pelo terrível inverno antártico. Após 9 semanas, a base Novolazarevskaya estava pronta e a tempo para a chegada do inverno. O mar congelara a sua volta e o navio já havia partido e não voltaria tão cedo. Contato com o mundo externo não era mais possível. Através do longo inverno os 12 habitantes de Novolazarevskaya dependeriam somente de si. Um dos membros da expedição era o jovem cirurgião de 27 anos Leonid Ivanovich Rogozov.
- 29 de Abril de 1961:
Após várias semanas se sentido mal, Rogozov logo percebeu em si sinais de fraqueza, mal-estar, náusea e, posteriormente, dor em região superior de seu abdome que mudou, depois, para o quadrante inferior direito. Sua temperatura subiu para 37,5 ºC. Rogozov escreveu em seu diário:
"Aparentemente estou com apendicite. Estou disfarçando, até sorrio. Porque preocupar meus amigos? Quem poderia ajudar?"
Como cirurgião, Rogozov não teve dificuldades para diagnosticar apendicite aguda. Porém, por ironia do destino, ele sabia que só sobreviveria se fosse submetido a operação. Era o único médico no local, e contato com o mundo externo estava fora de questão uma vez que o inverno já se instalara sobre a base.
- 30 de Abril de 1961:
Todos os tratamentos paliativos foram usados (antibióticos, resfriamento da área), mas seu estado continua piorando: sua temperatura subiu, e os vômitos ficaram mais freqüentes.
"Eu não consegui dormir ontem a noite. Dói demais. Continua sem sinais de perfuração iminente, mas um sentimento opressivo de que algo ruim está por vir paira sobre mim... É isso...Eu tenho que pensar na unica possibilidade de sair dessa: operar em mim...é praticamente impossível...mas eu não posso simplesmente cruzar os braços e desistir."
"18:30. Eu nunca me senti tão mal em minha vida. O prédio está tremendo como um pequeno brinquedo na tempestade. O pessoal já descobriu. Eles continuam tentando me acalmar. Estou chateado comigo - estraguei o feriado de todos. Agora estão todos correndo por aí, preparando a autoclave. Temos de esterilizar a cama, pois vamos operar."
"20:30. Estou piorando. Falei para o pessoal. Agora temos de começar a tirar tudo que não precisamos da sala."
- Preparação para a operação:
Seguindo as instruções de Rogozov, os membros da equipe improvisaram uma sala de cirurgia. Retiraram tudo da sala de Rogozov deixando apenas sua cama, duas mesas e uma luminária. Os aerologistas Fedor Kabot e Robert Pyzhov inundaram a sala com luz ultravioleta e esterilizaram a cama e os instrumentos. Além de Rogozov, o metereologista Alexandr Artemev, o mecanico Zinovy Teplinsky, e diretor da estação, Vladislav Gerbovich, foram submetidos à lavação anti-séptica. Rogozov explicou como a operação iria proceder e lhes designou tarefas: Artemev deveria lhe passar os instrumentos; Teplinsky seguraria o espelho e ajustaria a luz; Gerbovich estaria na reserva caso alguém passasse mal. No caso de Rogozov perder a consciência, ele instruiu sua equipe de como injetar-lhe drogas com uma seringa que havia preparado e de como realizar ventilação artificial. Então ele lavou as mãos de Artemev e Teplinsky e colocou-lhes luvas cirurgicas. Quando tudo estava preparado, Rogozov se lavou e posicionou-se. Ele escolheu uma posição semi-inclinada, limpou a área a ser aberta e, antecipando a necessidade que teria do senso tátil para se guiar, decidiu trabalhar sem luvas.
- A Operação:
Começou as 2:00 local. Rogozov infiltrou as camadas da parede abdominal com 20ml de 0.5% de procaína, usando diversas injeções. Após 15 minutos ele fez uma incisão de 10-12 cm. A visibilidade na profundeza da cavidade não era ideal, em alguns momentos ele teve de elevar a cabeça para obter uma vista melhor, ou usar o espelho, nas a maior parte do trabalho foi feito somente por toque. Depois de 30-40 minutos, Rogozov começou a fazer pequenas pausas devido a fraqueza geral e sensação de vertigem. Finalmente ele removeu o apêndice severamente afetado. Ele aplicou antibióticos na cavidade abdominal e fechou a incisão. A operação levou cerca de 1 hora e 45 minutos. Em certo momento, Gerbovich chamou Yuri Vereshchagin para fotografar o evento. Gerbovich escreveu em seu diário aquela noite.
"Quando Rogozov fez a incisão e estava manipulando seus órgãos internos, assim que removeu o apêndice seu intestino roncou. Isso foi absolutamente nada agradável para nós, fez com que quisesse desviar o olhar mas mantive minha cabeça e olhar firmes. Rogozov manteve-se calmo e focado no trabalho, porém suava muito em sua testa e freqüentemente pedia à Teplinsky para seca-la."

- Após a operação:
Terminado, Rogozov mostrou a seus assistentes como lavar e guardar os instrumentos e outros materiais. Então tomou pílulas para dormir e descansou. No outro dia sua temperatura era de 38,1 ºC, ele descreveu sua condição como "moderadamente ruim", mas no geral se sentia melhor. Ele continuou a tomar antibióticos. Depois de quatro dias suas funções digestivas voltaram ao normal e os sinais de peritonite local desapareceram. Cinco dias depois sua temperatura era normal e ele removeu as suturas. Dentro de duas semanas já podia realizar suas tarefas normalmente e voltou a escrever em seu diário."
- 8 de Maio de 1961:
"Não me permiti em momento algum a pensar em outro coisa se não minha tarefa a realizar. Cerrei os dentes e fui frio. No caso de perder a consciência eu dei uma seringa a Sasha Artemev e mostrei-lhe como me dar uma injeção. Expliquei a Zinovy Teplinsky como segurar o espelho. Meus pobres assistentes! No ultimo minuto olhei para eles: eles lá em seus aventais cirúrgicos brancos, mais brancos que eles mesmos. Eu também estava com medo. Mas quando peguei a agulha com novocaina e me dei a primeira injeção, de alguma forma eu entrei em modo automático, e desse ponto em diante não percebi nada mais."
"Trabalhei sem luvas. Era difícil de enxergar. O espelho ajudou, mas também atrapalhou - afinal, mostrava tudo ao contrário. Trabalhei mais pelo toque. O sangramento foi bastante grande, mas eu mantive a calma. Ao abrir o peritônio, eu atingi o ceco e tive de suturá-lo. De repente passou pela minha cabeça: há mais lesões por aqui e eu não percebi...Fui ficando cada vez mais fraco, minha cabeça começou a rodar. A cada 4-5 minutos eu descansava por 20-25 segundos. Finalmente, aqui está o apêndice maldito. Com horror eu percebi a mancha negra em sua base. Significava que apenas um dia a mais ele teria se rompido e ..."
"No pior momento da remoção do apêndice meu coração disparou e eu parei e pensei: minhas mãos parecem borracha. Bom, eu pensei, isso não vai terminar bem. E tudo que me restou foi remover o apêndice..."
"E então eu percebi que, praticamente, eu já estava a salvo."
- Deixando a Antártica:
Mais de um ano depois a equipe deixou Novolazarevskaya e em 29 de Maio de 1962 seu navio atracava no porto de Leningrado. No dia seguinte Rogozov retornava a seu trabalho na clínica. Ele trabalhou e lecionou no Departamento de Cirurgia Geral do Primeiro Instituto Médico de Leningrado. Ele nunca mais voltou a Antartica e morreu em São Petesburgo, anterior Leningrado, em 21 de setembro de 2000.
- O limite da capacidade humana:
A auto-operação de Rogozov foi provavelmente o primeiro ato ocorrido fora de uma estrutura hospitalar em um lugar deserto sem nenhuma possibilidade de ajuda externa, e sem a presença de qualquer outro profissional médico a sua volta. Permanece como um exemplo de determinação e da força de vontade para viver do ser humano. Em seus últimos anos Rogozov rejeitou todas as glórias de seu feito. Quando perguntado sobre o ocorrido ele simplesmente respondia com um sorriso no rosto: "Um trabalho como outro qualquer, uma vida como outra qualquer"
- Artigo publicado no British Medical Journal: "Auto-appendectomy in the Antarctic: case report" -Vladislav Rogozov, Neil Bermel.
http://www.bmj.com/cgi/content/full/339/dec15_1/b4965
PS: Vladislav Rogozov é filho de Leonid Rogozov.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

É melhor o fim ou o começo?





"Melhor é o fim das coisas que o começo delas;[...]".


Começo ou fim? Qual o melhor?

     A palavra de Deus, no livro de Eclesiastes (Salomão), traz ao nossos olhos esta afirmação. Mas, qual é o prazer do final de alguma coisa se esta já acabou? E se essa acabou, perdeu o sentido, perdeu o prazer, perdeu a sua utilidade.

     O sentido dessa afirmação é que no início de qualquer coisa, da vida, por exemplo, tudo é festa, só vemos o que é bom, as possibilidades, temos tudo pela frente. Já no final das coisas, temos os momentos de reflexão, do que valeu a pena. No final da vida, pensamos na morte, na vida além túmulo, na morte eterna ou na vida eterna. É o momento em que a vida passa como um filme na nossa frente e vemos se tudo que investimos, valeu; se a nossa vida valeu. Se o que fizemos foi bom não só para nós, mas também para os outros que passaram pela nossa vida. Se buscamos agradar a Deus e se Ele se agradou de nós.

     No momento em que está para se abrir a cortina de um espetáculo, tudo é emoção, expectativa, realização, momento do deslumbre; mas no instante em que essa está para se fechar, é o tudo ou nada; da ovação ou do silêncio, dos aplausos ou da vaia, da euforia do sucesso ou da tristeza da decepção.

     Será que é melhor esperar o fim das coisas para tomar pé do que já aconteceu. Devemos sim, fazer o nosso melhor como seres humanos, como filhos de Deus, durante o decorrer de tudo. Pedir sabedoria, discernimento a Deus para não só para 'just do it', mas sim 'just do the best of it'.

     Charles Chaplin, muito sabiamente, disse: "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos".

     Se soubermos administrar bem a nossa vida, veremos que o decurso dela é o momento mais importante, é o instante da execução, de a construirmos bem ou mal, mais do que o final dela; veremos que uma viagem não se limita as partidas e chegadas, mas o seu transcurso que evoca uma beleza indescritível; e, quando do momento da chegada, é simplesmente o que o apóstolo Paulo disse, e, por sinal, muito bem dito: "Combati o bom combate, acabei a carreira [corrida] e guardei [preservei] a fé". (2 Timóteo 4:7)...e, então, correr para o abraço...para o prêmio tão esperado a vida toda, ter o nome escrito no 'Livro da Vida' (Ap 13:8, 17:8)!!!

     “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.” (Ap 1. 8). Deus é o princípio, meio e fim de todas as coisas. Tudo foi feito por Ele e para Ele se fez (João 1:3). Lembre-se, você é dEle, mesmo que não queira, mas Ele nos dá a chance de escolher entre estar com Ele ou não, no final de tudo, você vai saber disso. Vai apostar?! Vai 'pagar' para ver?!

      Louvor: How Great Is Our God (World Edition)

      Seja abençoado em nome de Jesus!!!



terça-feira, 12 de maio de 2015

Sendo Tratado por Deus...com Deus Não se Brinca!!!


"Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel".

     Deus trata a quem Ele ama, a quem Ele quer ter maior intimidade, ao escolhido que Ele quer trazer para debaixo das Suas asas e que por algum motivo foi "ciscar' longe dEle. Portanto, sinta-se privilegiado se você está sendo tratado por Deus, mesmo que seja 'bicado' como uma galinha bica a sua cria, ou fustigado com vara, sem dó!
     Ninguém vive um vida plena sem Deus, longe dos Seus átrios (Salmos 84:10). Você até pode pensar que pode, mas está enganando a si mesmo. A intimidade com Deus traz sentido e propósitos 'eternos' para nossa vida e Ele, ninguém melhor que Ele, sabe disso e por isso quer te tratar, 'ovelha negra'!!!
    Quando Deus disse a Jeremias em (Jr 18:2) que Ele deveria 'descer' a casa do oleiro, já evidenciava que devemos deixar o nosso orgulho, nossa soberba e nos humilharmos na Sua presença indo até à Sua casa (a Casa do Oleiro, casa de oração). No mesmo versículo Ele diz que estando lá, devemos deixar de ser arrogantes e prepotentes, e parar para O ouvir e submetermo-nos à Sua palavra, isto é, parar tudo para ouvir e nos render à Sua voz.
     Quando não nos submetemos a disciplina de Deus, tornamo-nos insensíveis ao Espírito Santo, reincidentes por livre escolha, pecando sem arrependimento, deliberadamente contra Ele, assim, Ele também se retirará de nós. Este é o pecado contra o Espírito Santo que Cristo fala; a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mateus 2:31-32), que não tem perdão neste século, nem no vindouro, isto é, nesta vida ou na que está por vir. E não importa o tipo ou tamanho do pecado, o que importa e a insensibilidade do coração. O rei Manassés passou todo o seu reinado fazendo o que Deus não aprova, mas no final, arrependeu-se e foi perdoado por Deus (2 Crônicas 33:1-20).
    "Seguir a Deus não é difícil; o difícil é deixar de seguir a si mesmo" - Jeferson Keidann.  O hebreus recém libertos da escravidão do Egito, saíram fisicamente deste, porém carregaram o Egito espiritual (escravidão) com eles, não sendo permitido por Deus que entrassem na terra prometida e morreram no deserto (Hebreus 3:7-12) - só a geração seguinte entrou pois, aqueles, permaneceram com dureza de cerviz, mesmo diante de tantos milagres e bençãos, mantendo-se presos ao seus medos, egoísmos e murmurações, em suma, a si mesmos, não se libertando para o agir de um Deus misericordioso em suas vidas. Ainda hoje é assim, damos mais importância ao que vemos, as coisas visíveis, do que as invisíveis e muitas vezes 'banalizamos' o sobrenatural de Deus.  O agir de Deus não se palpa, é fé e resultados da certeza do kairos de Deus. Aquele que morre [não só a morte do corpo, mas a renúncia de si mesmo; morre para as suas vontades, para o seu egocentrismo]  por amor a Deus, ganha a sua vida [uma vida plena terrena aqui e futura nas regiões celestiais] - Mateus 16:25.
     Mas há uma esperança: Deus é sensível a um coração quebrantado [humilhado] e contrito [arrependido] - Salmos 51:17 e se nós reconhecermos a nossa pequenez diante dEle, o Todo-Poderoso, o Altíssimo e pedirmos perdão sincero pelos nossos pecados mudado a nossa atitude não mais cometendo os mesmos delitos, ao invés de ficarmos arranjando desculpas esfarrapadas, fazendo-nos de coitadinhos, e alimentarmos os nossos pecadinhos de estimação, dando um desvio de 180 graus para o pecado e não convivendo mais com eles; Ele, o Senhor,  estará sempre pronto a nos perdoar e se esquecer destes delitos (2 Crônicas 7:14, Hebreus 10:17, Hebreus 8:12, Isaías 43:25, Jeremias 31:34). Mas não devemos nos esquecer de uma coisa, é 'cair fora' mesmo do pecado e não pecar mais para que coisa pior não nos suceda (João 5:14), pois com Deus 'não se brinca' (Gálatas 6:7). Ele conhece quando vem do coração, quando é autêntico ou é só de fachada (Salmos 44:21). Jesus não deixa explícito, mas muito provavelmente é a subserviência ao pecado, consequentemente, a dureza do coração, a altivez, soberba e orgulho e, indubitavelmente, a morte espiritual. Para abandonarmos de vez o pecado, não podemos vê-lo como uma coisa muito boa que estamos fazendo 'um favor' a Deus em abdicar. Isto não vai dar certo!! Logo estaremos de volta ao pecado, pois ele é como um vício, uma dependência; nos acostumamos com ele e tão logo passa a fazer parte da nossa vida. Para largá-lo de vez, temos que adquirir nojo, aversão ao pecado. A Bíblia compara o pecado, a insensatez, ao vômito (Provérbios 26:11), assim devemos olhar  o pecado, como alguma coisa que nos causa náuseas, asco, só de pensar.
     Deus quer nos moldar outra vez, pois sabe que somos falhos, mas para isso devemos nos humilhar, nos arrepender, não cometer novamente os mesmos erros e nos submeter aos Seus desígnios, para sermos cartas vivas dEle.
     Se você ao ler estas poucas palavras, encontrou nelas alguma razão para reconhecer que está em caminhos que estão te levando a se acostumar com os teus erros e que estes estão te afastando de Deus, ore assim: ~"Senhor meu Deus, sei que tenho andado na contra mão das tuas vontades, fazendo do meu eu o meu senhor. Reconheço que estou errado, e quero ir à casa do Oleiro. Quebra-me e faze-me de novo. Molda e forja o meu caráter à tua imagem e semelhança (integridade e santidade), para que eu possa buscar intimidade contigo para saber o que tu queres para esta minha nova vida. Perdoa os meus erros, as minhas transgressões e não se lembres mais deles. Cubra-me com o sangue do teu filho Jesus Cristo, para que eu não volte a pecar mais e alcance a vida eterna.  Escreva o meu nome no 'Livro da Vida'. No nome de Jesus. Amém!
    Aleluia!!! Procure uma igreja que pregue Jesus ressuscitado!! Leia a Bíblia!!! Seja abençoado em nome de Jesus!!!

Louvor: Renova-me Senhor Jesus - Aline Barros


terça-feira, 5 de maio de 2015

SOBRE ESAÚ e JACÓ: QUAL É O TEU GUISADO?



"E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura?"
     Você já provou um guisado? Este é um prato típico da culinária judaica servido no Rosh Hashaná (festividade judaica que comemora o início do ano [celebrado nos dois primeiros dias de tisri (entre setembro e outubro), Ano Novo Judaico]. A Bíblia conta que Esaú o primogênito de Jacó, estava retornando da caça muito cansado e faminto, e encontrou Jacó, seu irmão gemelar (Jacó foi o segundo a sair do útero de sua mãe, Rebecca), cozinhando um guisado vermelho (por isso se chama Edom), que por sinal, deveria estar muito aromático  e saboroso, pois deixou Esaú 'fora de si', já que estava louco de fome, fazendo que este suplicasse um pouco do guisado a Jacó. Este irmão mais novo, que não era bobo, sabendo que seu irmão mais velho estava faminto; aproveitou o ensejo, pois sabia que Esaú faria qualquer coisa para saciar a sua fome e desejo, formalizando uma troca: o guisado pela primogenitura. Por que essa troca inusitada? Por que Jacó estava tão interessado na primogenitura de Esaú?  Naquela época, o primogênito era considerado pelos judeus como o mais puro e mais forte, pois Deus privilegiava a primogenitura, sendo considerado o melhor representante de sua linhagem, com a atribuição de privilégios e responsabilidade, dupla porção da herança entre seus irmãos e liderança da família, novo chefe e líder espiritual da casa, devendo cuidar da mãe até a sua morte e das irmãs solteiras até o casamento, mas esse direito a primogenitura poderia ser vendido, por isso essa 'manobra' de Jacó. O tanto do interesse de Jacó neste direito a primogenitura é que havia uma promessa da 'benção' de Deus feita a Abraão, seu avô, que passaria de geração em geração, pelos primogênitos, os quais receberiam a benção da primogenitura, do pai para o filho mais velho, significando a presença de Deus pelo resto de sua vida, e gerações subsequentes. 'Trocando' em miúdos essa troca: Deus ama aquele que busca a Sua presença e Esaú fez desdém dela, trocando a sua primogenitura por um prazer, uma necessidade pontual de saciar o seu desejo natural, carnal, fisiológico e não o espiritual; ao contrário de Jacó, que deu muito maior importância a ser abençoado por Deus por intermédio de seu pai, se valendo da fraqueza do seu irmão para  obtê-la. Como Isaque não sabia da intenções de Jacó e, certamente, não aprovaria a venda da primogenitura, e Jacó tinha que ser abençoado por seu pai, passando-se por seu irmão, para validar a primogenitura, pois se Esaú recebesse a benção do pai, de que adiantaria a troca.  Muito provavelmente, essa seria a intenção de Esaú, conseguindo o guisado e ainda teria a benção da primogenitura. Jacó, marotamente, adiantou-se, estimulado por sua mãe Rebecca (que tinha preferência por ele, diferente de seu pai que a tinha por Esaú), apressando-se em ser abençoado por seu pai, aproveitando que seu pai pedira um prato de caça e depois dar a benção. Preparou uma refeição para Isaque antes que Esaú chegasse da caça pedida por seu pai. Não cabe a nós julgar o ato de Jacó, pois Deus tinha Seus propósitos, já sabendo de antemão o que aconteceria (vs. 25). Esaú era homem do campo e Jacó caseiro; possivelmente, Jacó estava mais inteirado sobre a relevância da promessa do que Esaú que, por ser homem de caça e o primeiro da linhagem da primogenitura, fosse talvez bastante orgulhoso e arrogante, passando a maior parte do tempo fora, caçando; enquanto que Jacó, de temperamento mais simples, ficava com sua mãe na cozinha aprendendo sobre as tradições familiares e ouvindo a conversa dos mais velhos (vs. 27).  A relevância neste episódio bíblico é que na maioria da vezes agimos como Esaú e não como Jacó. Ao invés de fazermos tudo que estiver ao nosso alcance,  para termos a presença de Deus em nós e obtermos o direito de herança por adoção, dada a Abraão, agimos como Esaú, orgulhosos e soberbos, deixando de lado as promessas de Deus para a nossa vida,  interessando-nos somente pelo que vemos, pelo que é material; trocando nosso direito como filhos do Pai Eterno, por prazeres efêmeros e satisfazendo-nos com coisas fugazes. Esquecemos que estes prazeres, como o adjetivo já diz, passam rapidamente, enquanto a benção de Deus alcança gerações e mais gerações daqueles que O obedecem e dEle se agradam. Quão 'bocós' somos, lambendo os beiços, por um 'guisado' (bens materiais, poder, orgulho, sexo ilícito, etc.) que sacia a 'fome' por pouco tempo, não nos satisfazendo de todo e, tão logo, sentiremos de novo esses desejos, sendo compelidos a fazê-lo novamente, acostumando-nos aos 'guisados' (é muito fácil acostumar-se com os prazeres efêmeros, principalmente se não houver alguma consequência imediata - e o diabo sabe disso), deixando de nos saciarmos com o maná de Deus que alimenta o corpo e a alma preparando-nos para a vida eterna com Ele, já que somos os primogênitos da criação. 
     Você está se saciando, preenchendo as suas necessidades com 'guisados' terrenos? Qual o seu 'guisado' preferido (luxúria, prevaricação, propinas, pornografia, apego ao dinheiro e bens materiais, poder, etc.)? O que é mais importante para você: agradar-se a si mesmo, fazendo tudo o que tem vontade, saciando-se ou agradar a Deus,  que exige abdicação e obediência?
     Ore a Deus pedindo para que Ele te mostre aonde está o teu 'tesouro', a tua fraqueza (geralmente, coisas materiais que você "não abre mão", ou acha que não tem "nada a ver"), pois ali estará o teu coração.
     Seja abençoado por Deus hoje e sempre!.


domingo, 26 de abril de 2015

PAI...Perdoa-lhes...!!!




"E dizia Jesus:Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." (Lucas 23:34).


     Ainda hoje, estas palavras 'vivas' de Jesus, na cruz, ecoam por entre as paredes e ruelas do nosso mundo, também ainda vil. Cada vez fico mais impactado com o comportamento do ser humano, nesse nosso 'mundinho' em que cada vez mais é valorizada uma cultura da auto-exaltação do 'sou', 'tenho' e 'posso', espelhada nas 'brandnew selfies'. Cada vez que abrimos as páginas dos jornais ou ligamos nossas televisões em noticiários, deparamo-nos com relatos de verdadeiras `barbáries', inimagináveis, em que há algum tempo atrás encontrávamos nos gibis de terror, contos de suspense ou mesmo nos filmes e Hitchcock. São latrinas que voam dos banheiros de estádios de futebol matando torcedores, linchamentos de pessoas por se 'parecerem' com postagens no 'redes sociais', fazendo-se justiça com as próprias mãos, ônibus queimados em protestos, balas perdidas, pais matando filhos, filhos matando pais, desvios de dinheiro público, esposas e filhas em cárceres privados, perseguição religiosa, sequestro em massa de adolescentes para escravização e estupros, tráficos de entorpecentes para enriquecimento ilícito, execuções sumárias, governantes que desviam dinheiro público para engordar as suas contas bancárias fora do país em detrimento de um povo miserável que não tem aonde cair morto, etc. etc... Existe um sentimento de 'ira' que paira no ar como um dragão com hálito flamejante pronto a desferi-lo sobre nós . Por que ao invés de nos ajudarmos mutuamente, maltratamos à toa, por nada, o nosso próximo? Cristo morreu por nós, para que nos tornássemos um com Ele e, assim um com o Pai (Adonai), ligados em amor. Mas os homens (as mulheres foram bem mais receptivas, como Maria Madalena, a esposa de Pôncios Pilatos, Marta irmã e Lázaro, etc..) não O recebemos, pois aceitá-lo com Rei desestruturaria todas as ambições e esquemas já estabelecidos naquela época (e também hoje) - não era interessante nem politicamente correto, mesmo que fosse simpático para alguns. Essa situação ainda hoje não mudou nada, nem mesmo dentro da igreja estabelecida por Ele, em que muitos de nos mantém uma situação de 'pseudo aceitação' que favorece o seu ego e ambições, mas mesmo assim esta igreja subsiste pela ação do Espírito Santo em muitos. Ainda estamos O crucificando dia a dia com as nossa mazelas, atitudes, politicagem, ganância ao dinheiro e ao poder, manipulando a quem pudermos alcançar, para o nosso próprio deleite. As armadilhas são tão bem engendradas que muitas vezes não conseguimos sequer diferenciar uma ação pura em amor, de uma ação 'marqueteira', em que se coloca um 'glacê' para disfarçar os fins escusos. Continuaremos duros em nossos corações, fazendo coisas em nome de Deus, e que no fundo são para o enaltecimento do nosso próprio ego? Deus sonda os nosso corações. Ele faz uma 'varredura' na nossa alma, pois nos conhece desde o ventre materno, desde que fomos entretecidos célula por célula. Um dia prestaremos conta de tudo o que já fizemos ou que ainda venhamos a fazer e,  essas, 'edificações', serão provadas no fogo (Provérbios 17:3). O que sobrará??!! Será aproveitado??!!Mas Deus sabe, seus olhos passeiam por sobre toda a terra, pois Ele conhece as intenções do coração e trabalha em prol daqueles que são sinceros e totalmente dedicados a Ele (2 Crônicas 16:9) .  Veja que o que mais vale não é o que se faz 'de per si', de 'motus proprio', mas o que está por detrás do que se realizou (a intenção do coração), assim, cabe a cada um examinar a si próprio. Mas também cabe uma pergunta neste momento: estamos fazendo o que Jesus nos delegou (Marcos 16:15)? Estamos anunciando a Sua mensagem, não só de palavras, mas principalmente pelas nossas atitudes? Estamos buscando transformar o mundo, a começar por nós próprios (Romanos 12:2)? O que mais parece é que o mundo está nos transformando, nos 'acuando' e nos deixando estagnar, aceitando o relativismo imposto por ele, vivendo um 'achismo' de que Deus também vai acompanhar a mudança dos tempos modernos (Malaquias 3:6) - Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre (Hebreus 13:8)!!! A mensagem transformadora do evangelho de Cristo ainda é viva e eficaz. Ao anunciar o amor de Cristo em sua plenitude, com o brilho na alma de quem realmente teve um encontro com Deus (Peniel), podemos mudar o rumo do mundo, deixando Deus escrever uma nova história na vida de uma ou mais pessoas, amigos, colegas, parentes perto de nós, que se contagiarão e mudarão outras, e, assim por diante. Deus está disposto a nos perdoar, esquecer do nosso passado (Isaias 43:25), desde que a transformação em nossa vida deem frutos dignos de arrependimento (Mateus 3:8).


IRA



"Irai-vos e não pequeis [...]"!!! 
Efésios 4:26-27

     A ira é uma emoção e emoção é um sentimento, algo que colocamos para fora e que está atingindo de um modo bom ou ruim o nosso ser como um todo, como está explicado na Wilkipédia: EMOÇÃO é uma experiência subjetiva, associada a temperamento, personalidade e motivação; deriva do latim emovere, onde o e- (variante de ex-) significa "fora" e movere significa "movimento". O apóstolo Paulo, em sua carta aos Efésio, conclama que não deixemos o sol se por sobre a nossa ira, porque, assim, daremos lugar ao diabo (com letra minúscula, porque ele é sujo, desprezível e merecer ser diminuido sim). Quando deixamos para o dia seguinte esta emoção, ela se transforma em outra que é muito mais sórdida e rasteira, a 'mágoa', que anula qualquer sentimento de conciliação que ainda possa existir dentro de nós e esta, mobiliza um outro sentimento também sórdido, o desejo de vingança, de descontar aquilo que nos foi feito, dito, ou o que for, que nos deixou inicialmente irado. Aí está o maior problema. Quando abraçamos o desejo de vingança e deixamos que ele solidifique em nós, damos lugar ao diabo, porque começamos a maquinar em nossa mente este desejo que é o campo de batalha que o inimigo usa em nossas vidas, como explica muito bem Joyce Meyer em "O Campo de Batalha da Mente". Pecamos quando já começamos a maquinar o mal contra essa pessoa que nos afligiu, algumas das vezes emoldurando em nossa mente como Deus pode agir na vida daquela pessoa a nosso favor, já que nós tão 'injustamente' fomos afligida por ela. Porque como imaginamos em nosso pensamento, assim ele o é em nosso coração (alma) (Pv. 23:7a), que, biblicamente, é o centro da nossa vontade. Mesmo que não transformemos em ação o pensamento maquinado, já pecamos só de pensar (Mateus 5:28). Mas se ficasse somente aí, seria ótimo, pois o pecado sobrevoa a nossa cabeça como um passarinho e pedir perdão a Deus, por intermédio de Jesus Cristo, é como se espantássemos esse passarinho para longe  com um aceno de mão e pronto! Mas quando deixamos que esse passarinho faça um 'ninho' na nossa cabeça e, justificamo-nos por nós mesmos, consolidando, isto é, trazendo a solidez um ato que vai nos trazer satisfação simplesmente por fazê-lo, consumamos o pecado, o erro, a mazela, o seja lá a forma como queira chamar esta atitude. Aí, depois que caímos em nós mesmo: "coitadinho de mim", "não queria fazer isto, mas fui impulsionado", "foi a mulher que me deste" (Gn 3:12), "foi a serpente que me enganou" (Gn 3:13), blá, blá, blá, blá, blá, balelas, balelas e mais balelas...uma série de desculpas indesculpáveis. Caia em si antes que seja tarde! Quando irar-vos, não deis lugar ao pecado. Vá reconciliar-se no mesmo dia, não deixando que a 'ira' sofra mutações virulentas, antes que você receba uma conta que não poderá mais resgatar, tendo que pagá-la em juízo, porque aí, 'só Jesus' para advogar por você. Peça perdão e reconciliação, que é o que Deus quer de nós (Oséias 6:6).  Mas se não pedir e o orgulho tomar conta de você, "o pecado bate à sua porta" (Gn 4:7). Misericórdia!!!
A Paz de Cristo na tua vida!